A vida é mais ou menos a mesma, o que muda é o jeito que a gente olha pra ela.
Que em começo de namoro a gente também faz supermercado e sobe dois andares carregando peso. Faz tratamento de dente, assina papel chato, paga conta atrasada, reconhece firma em cartório, resolve pendengas com empregada, manda e-mails aborrecidos. E muito mais, só que nem nota.
O que acontece é que de vez em quando essas chatices cotidianas acham de sair da coadjuvância eterna a que deveriam estar condenadas para virar protagonistas da nossa história.
Daí você brinca com seu filho pensando no email chato, desenha planejando a reunião insuportável que terá daí a dois dias, almoça e janta as cinco filas que terá de enfrentar para dar entrada em um papel, se espreguiça no sábado de manhã em plena sala de espera do médico que nunca chega com menos de duas horas de atraso.
Não custa nada o curso que você decidiu fazer virar mais uma obrigação, os quilos que você quer emagrecer virarem obsessão, a terapia virar um jeito estúpido de gastar fortunas. Só muda o foco.
Carol Nogueira
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
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